quinta-feira, 4 de outubro de 2007

VEJA JÁ ESACOLHEU O SEU LADO! E NÓS? VAMOS CONTINUAR EM CIMA DO MURO?

O caso VEJA está se tornando muito grave na imprensa brasileira. A verdade é que ela rasga seu passado de resistência política, entregando-se, atualmente, a um jornalismo hibridizado e inconsistente; que às vezes se apresenta travestido de publicidade, às vezes de propaganda neoliberal; e no caso do último número, onde ela desqualifica de forma perversa a figura do revolucionário sul-americano Che Guevara, numa cretina exploração das técnicas da contrapropaganda, disfarçada de jornalismo atento e bem-intencionado. Tenho enormes dificuldades para compreender que tipo de informação de segunda é essa, que VEJA está tentanto empurrar guela abaixo do leitor médio e pouco esclarecido. Essa matéria é velha e fria, pois não houve nenhum fato novo e relevante que a motivasse, a não ser alimentar a velha ojeriza das classes médias brasileiras pelo pensamento socialista. O negócio está ficando bem difícil para o segmento letrado e esclarecido da população, e para fazer resistência a essa contrapropaganda, que o 'sujeito' VEJA nos vende com ares de jornalismo de qualidade, é preciso educar melhor os jovens e as crianças, além de organizar as pessoas para que elas possam fazer verdadeiramente parte de uma democracia sólida e amplamente participativa. As mudanças sociais estão em marcha acelerada diante das novas configurações impostas pela geopolítica internacional e a compreensão do papel das mídias é fundamental para que a demarcação dos espaços de atuação democrática aconteça de forma civilizada, se é que isso é possível. A verdadeira democracia demanda consciência, participação e debate, mesmo porque todo povo, mais cedo ou mais tarde, deve resgatar sua dignidade, assumindo compromissos para com sua própria história e, consequentemente, para com as gerações futuras. Certamente, elas nos agradecerão.

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